PJ de Porto Alegre celebra o Dia Nacional da Juventude

Por Tanise Medeiros 
(coordenação da PJ - Vicariato de Porto Alegre)

“Negra Mariama chama pra cantar:
Que Deus uniu os fracos, pra se libertar.”

Aconteceu no final de semana de 15 e 16 de outubro uma grande programação que celebrou o Dia Nacional da Juventude do Vicariato de Porto Alegre na Paróquia Nossa Senhora da Misericórdia no bairro Restinga. No sábado dia 15, estiveram reunidos cerca de 20 jovens em sua maioria moradores do bairro, para uma formação de multiplicadores da Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens. A juventude da Restinga, um dos bairros mais violentos da capital, pautou a sua realidade de morte e extermínio de jovens e refletiu ações concretas para uma cultura de paz. O dia terminou, após uma intervenção urbana na praça central do bairro, onde os jovens cantaram e gritaram aos moradores CHEGA DE VIOLÊNCIA E EXTERMÍNIO DE JOVENS!

 

À noite, ocorreu o 1º Sarau Jovem da PJ. Com o tema “No ventre se tecem os sonhos” poesias, música, doces e pipoca marcaram o encontro que fez memória às mulheres que tecem, através da sua luta, da sua arte e do seu cotidiano, novas relações de vida. 
 

No domingo o DNJ tomou a cara da juventude portoalegrense que através do grafiti, da música, do Hip Hop, da arte, dos recursos audiovisuais foram protagonistas mostrando seu jeito de ser jovem e ser Igreja. 

 
O dia começou com uma animada acolhida e com uma bonita celebração junto à comunidade, que em novena celebra seus 40 anos de história, e rezou a vida e a luta das mulheres que ocupam seus espaços, que denunciam e anunciam um outro mundo possível. Durante o dia houve também oficinas e apresentações culturais marcadas pela diversidade e a presença de companheiros e companheiras também da Pastoral da Juventude Estudantil e de outras dioceses.
   

Num final de semana em que se expressaram as diferentes realidades juvenis, e que as marcas da acolhida, do carinho e da vida em comunidade ficaram evidentes, a Pastoral da Juventude de Porto Alegre afirma e reafirma a sua opção pela juventude urbana que carrega no seu rosto, nas suas danças e nas suas trajetórias, o sinal do novo e da crença num Jesus libertador que é presença efetiva e afetiva no meio dos jovens. Que nós, mulheres e homens, possamos continuar a tecer relações de vida que sejam igualitárias e de afeto e que juntos ousemos sonhar e construir a Civilização do Amor.